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O diagnóstico e a doença.

  • Foto do escritor: Prof. Paulo Buhrer
    Prof. Paulo Buhrer
  • 25 de jan. de 2019
  • 3 min de leitura

Muitas vezes, um diagnóstico e a forma como ele é dado, são mais perigosos do que a própria doença.

Recentemente conversando com uma cliente, ela me disse que certa vez saiu de um consultório médico arrasada. Tudo isso porque lhe foi dito que ela estava com depressão severa, e que se não tomasse certos cuidados, poderia cometer suicídio. Para aliviar um pouco sua dor, o médico ainda disse: "você precisa amar mais as pessoas, senão, nada mais a fará abandonar a ideia de morrer".

Ela nunca tinha tido essa ideia, apenas estava triste, abatida, visto que seu marido havia morrido há poucos meses, e seu filho mais velho, atolara-se nas drogas.

Esse diagnóstico, e sua forma, a tornaram, por um período, uma pessoa depressiva, retraída, que não queria sair de casa, além de se considerar culpada pelo filho viver no mundo das drogas, pois acreditou que não o havia amado o suficiente, embora isso não fosse a realidade.

Acontece que, passados alguns meses, ela foi a outro médico, que gastou um pouco mais de tempo, e disse que ela jamais tivera depressão, e que não corria qualquer risco. Após ouvir a história do marido e do filho, o médico simplesmente fala: "relaxe, pelo que percebo, você sempre foi uma boa esposa e uma ótima mãe. Não se culpe, as pessoas fazem escolhas, mas não fazem as consequências, apenas as têm de enfrentar", e lhe recomendou um calmante para os próximos dias, além de indicar para que voltasse a sorrir para os pássaros enquanto caminhasse pela manhã.

O resultado foi formidável, me contou ela, que nunca mais se sentiu deprimida.

A ideia não é levantar qualquer suspeita sobre os médicos, tampouco em relação à medicina.

Quero ampliar a história, avançando para o seu dia-a-dia.

Quanto valor você dá às notícias que lhe trazem, ou que ouve, vê, assiste? Quanto dos seus problemas, dores, angústias, medos, ansiedades, merecem a valorização que você tem dado? Será que eles são do tamanho que você imagina, ou você imagina eles maiores do que são, em virtude do quanto valoriza mais o que é ruim, negativo, do que tudo aquilo que é positivo?

Realmente, muitas vezes, um diagnóstico e à maneira como ele é transmitido, são bem piores do que a doença. Afinal, a doença talvez nem exista, e esteja apenas na sua mentalização equivocada.

Não estou dizendo para desacreditar dos médicos, parentes, colegas. Estou chamando você para acreditar mais em si mesmo, e intensificar tudo aquilo que recebe de notícia boa, valorizando isso, e não em focar toda sua estrutura mente-corpo em diagnósticos (notícias, boatos, fofocas, ideias, etc.) horríveis.

Muita gente acorda com um barulho a noite, e já acha que a casa está sendo invadida, sendo que se trata apenas da esposa se preparando para uma linda noite de amor.

Outras, passam o dia maquinando que algo errado vai acontecer na empresa, na carreira, que o chefe está olhando torto, sendo que o pobre coitado só é estrábico.

A partir de agora, concentre-se em coisas boas, pare de ouvir as notas de falecimento pela manhã. Se alguém importante morrer, pode ficar tranquilo que logo vão lhe avisar. Notícia de festa é uma ou duas pessoas que transmitem. Mas de falecimento, minha nossa, são mais de dez ligações só na primeira hora do então falecido.

Não passe a noite zapeando nos canais para encontrar programas policiais, com crimes bárbaros, que vão fazer você dormir com a cabeça coberta, sem poder aproveitar a presença da esposa que comentei anteriormente. Depois não reclame se ela encontrar alguém mais positivo.

Deixe de lado notícias de crise econômica, empresas quebrando, demissões em massa, que só deixam você agoniado, triste, apreensivo. Se isso não está acontecendo na sua empresa, o que lhe interessa? Gaste tempo lendo um livro, fazendo um curso, agradecendo aos colegas, clientes, chefes, e ajude a jamais essa crise chegar até você e aos seus negócios.

Expulse aquela galera endiabrada que vai até sua casa mesmo sem convite, tomam do seu chimarrão, comem do seu churrasco, e durante a noite toda reclamam da vida, dizendo que você é uma pessoa de sorte, por isso é bem-sucedido, mesmo que estejam tomando toda sua cerveja. Mande embora quem fica incomodando você com tragédia, enquanto você tenta bordar um crochê ou tricô, ou quer sair para comprar um presente a alguém especial.

Não receba mais na sua empresa parente, amigo, gente detonando o governo, os patrões, e que na realidade foram até você querendo um empréstimo, e quando você fala que vai arrumar um trampo, a pessoa diz: “se fosse para pedir emprego eu tinha ido na agência do trabalhador”.

Não permita que diagnósticos acabem com você, nem que gente tranqueira, canal de tv ou jornal sangrento, estraguem seu dia. Se eles estiverem certos ou errados, importa bem menos do que você manter sua vida na esfera otimista, com um pé no chão, e outro flutuando. Assim, não há "doença" que resista a uma mente positiva e feliz.

Forte abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre.

Prof. Paulo Sérgio

Empresário e Palestrante

 
 
 

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